domingo, 20 de janeiro de 2013

Ferrari 156 Sharknose

A temporada de 1961 do Campeonato Mundial de Pilotos foi mais um ano do motor do que humano. A Ferrari dominou a festa com cinco vitórias, contra três da Lotus-Climax. A nova Fórmula 1 com motor traseiro de 1.500 cilindradas tomou conta da categoria. A escuderia italiana campeã com seu carro "boca de tubarão" formou uma equipe fortíssima com os norte-americanos Phil Hill e Ritchie Ginther, o alemão Wolfgang von Trips, o italiano Giancarlo Baghetti e o mexicano Ricardo Rodriguez como pilotos oficiais e com os belgas Olivier Gendebien e Willy Mairesse em sua equipe semi-oficial.

O italiano Baghetti vence sua corrida de estréia e até hoje nunca outro estreante conseguiu tal feito. O campeão Phil Hill deu o primeiro título mundial aos Estados Unidos com suas duas vitórias pela Ferrari (GPs da Bélgica e Itália). Justamente na corrida italiana disputada em Monza, a festa estava armada para o pole position Von Trips, até então líder na tabela. Mas uma fatalidade se abateu na pista, o alemão voou com seu carro sobre o público e faleceu junto com vários espectadores. Com a vitória Phil Hill passou um ponto à frente de Von Trips, que mesmo assim tornou-se o primeiro e único Vice-Campeão Mundial "post-mortem" da história do automobilismo.”



Phill Hill e a Ferrari 156 “Sharknose” durante o GP da Holanda em Zandvoort – 1961

A 156 que considero ainda mais especial e interessante no entanto é o da equipe semi-oficial, que na verdade era a equipe Belga Ecurie Francorchamps, mais tarde também conhecida como Equipe Nationale Belge, chefiada pelo ex-piloto Jacques Swaters ( http://foundation.ecuriefrancorchamps.com/en/ ), que já usava os carros Ferrari em competições desde 1952.

No GP da Bélgica de 1961 em Spa-Francorchamps, a equipe Ecurie-Francorchamps alinhou no grid uma Ferrari 156 “Sharknose” pilotada pelo também belga Olivier Gendebien (Vencedor em Le Mans pela Equipe Ferrari oficial em 1958, 1960, 1961 e 1962 - http://www.forix.com/8w/gendebien.html ), e que se destaca até hoje por uma singularidade, ela não era vermelha e sim amarela (Belgium Yellow), Gendebien largou na terceira posição e chegou a liderar a prova nas primeiras voltas, mas acabou em quarto lugar, superado pelos outros 3 Ferrari 156 oficiais.



Olivier Genbebien e a Ferrari 156 “Sharknose” amarela, liderando as primeiras voltas do GP da Bélgica de 1961.


A Ferrari 156 n° 8, prestes a completar uma histórica formação de chegada 1-2-3-4 para a Scuderia Ferrari
Alem da cor atípica para uma Ferrari em provas oficiais de Grand Prix, este carro tinha outras diferenças significativas para as outras Ferrari 156, como detalhes na carenagem, e especialmente no motor, que era um mais antigo V6 a 65°, menos potente que os V6 a 120° usados pelos carros oficiais naquela temporada.



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